terça-feira, 1 de março de 2011

Dia Internacional da Protecção Civil

Neste dia internacional da Protecção Civil sugiro uma reflexão do estado da protecção civil na sociedade.
Começando pela cultura de segurança que temos e na que achamos que deveriamos ter deparamos com um paradigma social que nos leva a repensar a educação, desde as suas bases no ensino básico, provada que está a resistência à mudança das gerações actuais e a facilidade com que se incutem hábitos e valores nos mais novos, tranformando assim a sociedade a médio e longo prazo com o crescimento deles e, a uma escala menor, a curto prazo pela infuência que eles têm no seu núcleo familiar.
Há efectivamente um trabalho a fazer com o ensino, com a divulgação à população e com a sensibilização de todos, porque todos somos protecção civil. Este trabalho a montante é necessário e urgente, sob pena de não estarmos preparados para os desafios das catastrofes naturais e dos acidentes graves.
Em segundo lugar alerto para a coordenação entre os vários agentes de protecção civil que têm de desempenhar funções de prevenção, mitigação, actuação e reposição. Por diversos factores inerentes à condição humana, existem demasiados atritos à fácil coordenação e ao entendimento de todos o que prejuica, claramente, o desempenho desejado e o serviço prestado que é pretendido. Não basta criar legislação estruturante, é necessário mudar mentalidades, dar formação que leve ao trabalho de equipa, à prossecução de objectivos comuns e a lideranças de qualidade acrescida. Só assim estaremos em condições de corresponder às espectativas que a soceidade civil coloca na protecção civil.
Em terceiro lugar quero falar-vos de um potencial grande que anda perdido e que pode ser uma ajuda enorme no apoio de rectagurada, no apoio a pessoas desalojadas, na reposição da normalidade após as catastrofes e acidentes graves, etc. Falo de um número ilimitado de associações existentes no país, culturais, recreativas, desportivas, de educação, escuteiros e outras. Associações que têm instalações, capacidade de mobilização de recursos humanos e organização interna que facilita a comunicação e operacionalização.
Por fim, mas não menos importante, um muito obrigado a todos quanto zelam pela segurança, em todas as suas vertentes, de todos nós, sejam profissionais ou voluntários, o esforço de todos tem contribuido para o sucesso alcançado, pese embora seja possivel fazermos mais e isso implica falarmos no plural porque a protecção civil é uma tarefa e responsabilidade de todos nós.

João Saramago  

  

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